quinta-feira, 10 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Já que falei de Leminski queria registrar que acabei de ler por esses dias a biografia:
Paulo Leminski - O bandido que falava latim. De Toninho Vas. E pra mim que já era apaixonado pela obra do poeta curitibano foi um deleite encontrar com este livro. Na página 248 Toninho transcreve uma parte do Romance de Paulo que chama, Agora é que são elas, e é essa parte que divido aqui no Fragmento.
Aos 18 anos, pensei ter atingido a sabedoria.
Era baixinha, tinha sardas e tirei-lhe o cabaço na primeira oportunidade.
Não ficou por isso.
A lei falou mais forte. E tive que me casar, prematuro como uma ejaculação precoce.
Nem tudo foram rosas, no princípio.
Nos pulsos ainda me ardem as cicatrizes de três tentativas de suicídio.
Mas eu não posso ver sangue. Sobretudo, quando meu.
Assim decidi continuar vivo.
Principalmente porque o mundo estava cheio delas.
De Marlenes. De Ivones. De Déboras. De Luísas. De Sônias. De Olgas. De Sandras. De Edites. De Rosas. De Evas. De Anas. De Mônicas. De Helenas. De Rutes. De Raquéis. De Albertos. De Carlos. De Juniors. De...(ihh, acho que acabo de cometer um ato falho). De Joanas. De Veras. De Normas.
Paulo Leminski - O bandido que falava latim. De Toninho Vas. E pra mim que já era apaixonado pela obra do poeta curitibano foi um deleite encontrar com este livro. Na página 248 Toninho transcreve uma parte do Romance de Paulo que chama, Agora é que são elas, e é essa parte que divido aqui no Fragmento.
Aos 18 anos, pensei ter atingido a sabedoria.
Era baixinha, tinha sardas e tirei-lhe o cabaço na primeira oportunidade.
Não ficou por isso.
A lei falou mais forte. E tive que me casar, prematuro como uma ejaculação precoce.
Nem tudo foram rosas, no princípio.
Nos pulsos ainda me ardem as cicatrizes de três tentativas de suicídio.
Mas eu não posso ver sangue. Sobretudo, quando meu.
Assim decidi continuar vivo.
Principalmente porque o mundo estava cheio delas.
De Marlenes. De Ivones. De Déboras. De Luísas. De Sônias. De Olgas. De Sandras. De Edites. De Rosas. De Evas. De Anas. De Mônicas. De Helenas. De Rutes. De Raquéis. De Albertos. De Carlos. De Juniors. De...(ihh, acho que acabo de cometer um ato falho). De Joanas. De Veras. De Normas.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
De asas
De fato não me importaria de chamar as asas de abelhas de asas de plantas. São órgãos de vôo usados pela planta para transportar seu pólen de uma flor para outra. Flores são ferramentas que passam o DNA das plantas para a próxima geração. Funcionam como leque de pavões, mas em vez de atrair fêmeas de pavões atraem abelhas. Não existe outra diferença além desta. Da mesma forma que o leque do pavão age indiretamente sobre as patas da fêmea, fazendo-a andar até ele e copular, as cores e as listras das flores, seu perfume e néctar agem nas asas das abelhas, borboletas e beija-flores. As abelhas são atraídas às flores. Suas asas batem e carregam o pólen de uma flor para outra. As asas das abelhas podem ser chamadas de asas de flores, pois carregam genes de flores na mesma medida que carregam genes de abelhas. (DAWKINS, 1998, p. 297-298)
Entre hifens ou -sutileza-
Entre uma nuvem e outra,
raio de sol.
Entre um olhar e outro,
calafrio.
Entre o arco e o pote,
cores.
Entre beleza e admiração,
admireza.
Incrível a descoberta do hifen.
Entre o tempo-espaço,
a construção do agora.
Perceber o entre das coisas...
ler entre as linhas.
Abra e
-entre-
aqui é o lugar da sutileza.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Tenho aprendido tanto com meus conflitos.
Não ouso pensar que sou.
A busca que escolhi me faz conjugar o verbo com sendo.
Assim como no amor, amando
e na vida, vivendo.
Tenho visto muita coisa
e revisto tantas outras.
Gosto de pensar na ideia de que somos sistemas buscando a permanência
e que por isso existimos.
Dessa forma desacredito
no estável
no indiscutível
e no impossível.
Já falei ao anjo que somos Deuses.
Eu e ele.
E criamos a nossa existência.
Decidi pela liberdade como Clarice,
não como um dom mas como um desafio diário
pela minha permanência.
Por isso me assusto quando percebo em mim resquícios de um sentimento
capitalista e possessivo
quando já sei que meu amor não e meu
por mais contraditório que pareça esta frase.
Os sentimentos se manifestam em mim
e por acreditar nessa busca
eu repito
Amo-te só de amor
e assim cuido das tuas e das minhas asas
anjos são pra voar e não para decorar quartos.
Não ouso pensar que sou.
A busca que escolhi me faz conjugar o verbo com sendo.
Assim como no amor, amando
e na vida, vivendo.
Tenho visto muita coisa
e revisto tantas outras.
Gosto de pensar na ideia de que somos sistemas buscando a permanência
e que por isso existimos.
Dessa forma desacredito
no estável
no indiscutível
e no impossível.
Já falei ao anjo que somos Deuses.
Eu e ele.
E criamos a nossa existência.
Decidi pela liberdade como Clarice,
não como um dom mas como um desafio diário
pela minha permanência.
Por isso me assusto quando percebo em mim resquícios de um sentimento
capitalista e possessivo
quando já sei que meu amor não e meu
por mais contraditório que pareça esta frase.
Os sentimentos se manifestam em mim
e por acreditar nessa busca
eu repito
Amo-te só de amor
e assim cuido das tuas e das minhas asas
anjos são pra voar e não para decorar quartos.
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