terça-feira, 27 de novembro de 2007

Nova saudade


Pensar saudade, faz a gente querer subir em árvore.
Lembra o cheiro da padaria que ficava perto da casa antiga.E a boca enche d'agua só por pensar na comida da sua mãe...Delícia de quem experimenta a vida em camadas. De alguma sorte leva consigo um monte de cheiro gostoso e vários beijos trocados.Mais ainda tem a saudade do que não se teve, do lugar que ainda não se foi, do amor que está pra viver... Eita saudade difícil de explicar. Ela vem como uma pontada de desejo e tem gosto de brigadeiro antes de abrir a lata de leite condensado.
Deixa lambusar.

Depois de um bom tempo sem aparecer... Um bom Leminski.

misto de tédio e mistério
meio dia/ meio termo
incerto ver nesse inverno
medo que a noite tem
que o dia acorde mais cedo
e seja eterno o amanhacer.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sabe como é uma sexta a tarde com alguém que se ama muito?


Sabe quando uma bola de fogo adormece e a água do mar doura?

Sabe quando um jatinho sublinha o azul do céu e some na nuvem?

Sabe quando tudo isso se confunde e a nuvem doura enquanto a água do mar prateia?

Sabe quantos barquinhos tem na Bahia de Todos os Santos?

Sabe quantos baseados são fatos reais no Porto da Barra?


...a nuvem ta rosada agora, tem vários hipies na praia.


Sabe que horas são?

17:46
"... e até então me movo
com um ímpeto absoluto
até então o sonho fabrica estranhas concepções de quase mundo."

Um sonho quase, e que já não é.

O lugar era uma praia.

Tinha uma fogueira acesa e umas outras brasinhas que acendiam e quase apagavam até acender de novo no proximo suspiro.

Tinha uma criança. Um menino com estrelas que subiam pelo braço e virava céu.

Foi quando a lua nasceu!!!

E um quase segundo de suspensão tomou conta de mim... Sendo meu próprio corpo.

E tudo era quase silêncio.

E o mundo todo era quase só eu, a fogueira, aquelas brasinhas, o menino das estrelas e a lua...

Quando eu quase acreditei na realidade do sonho....

Acordei.