sexta-feira, 27 de junho de 2008

Parecença após um pouco

A gente até admira os diferentes...
mas a gente gosta mesmo e se junta é com os iguais.

sábado, 21 de junho de 2008

Parecença

O Lucas que parece com o Bruno.
Bruno que parece Brian, que parece Zion, que me lembra Bob.
Bob, é o primo da Mila, filha do Bira que é irmão da Cintia.
Aquela que teve três filhos
Zé Márcio,
Zé Mário e
Zé Alfredo,
esse ultimo de tão branco nem parece que é filho de quem é.
Disse que no mês que vem nasce Zé Alfredo Júnior, tomara que pareça com a mãe.
Joaquim, Francisco, João
Parece que é tudo farinha do mesmo saco.

Parece
pArece
paRece
parEce
pareCe
parecE

De tanta parecença, aparecemo-nos!

A minha amiga do quarto ao lado descobriu que quer voar!
E foi tão lindo...
Depois de estrelas e pirilampos, com os olhinhos brilhando e quase fechados, ela me olhou e disse:
- Descobri amigo. Depois de entender a infelicidade eu descobri que preciso ir, será um passo além e eu não tenho medo. Essa descoberta me fascina. Eu sei que sou polipolar, mas agora estou inteira e a solitude me equilibra.
Aqui tem uma PAUSAMADRUGADA.
Então ela sorriu e me perguntou como eu recebia aquilo, como eu me sentia diante dessa escolha.
E aquela tranquila felicidade me levou até a beira de um abismo com gotas que caem dos olhos.
E eu senti o quanto eu a amava, o quanto aquele encontro tinha me modificado e o quanto é bom conversar com ela.
O tempo é engraçado, a mesma coisa pode estar tão longe e infinitamente perto, mesmo eu estando no mesmo lugar.
Como sempre, falamos sobre o amor; sobre como entendemos e escolhemos viver, sobre o quanto é prazeroso e tranquilo saber que encontramos pessoas que estão afim de viver assim também. Falamos sobre o mundo.
Esse lugar aberto de possibilidades.
Que venham dias felizes.
Que possamos gozar de muitos encontros.
Que eu veja muitos passarinho azuis e que ela voe entre as borboletas vermelhas.
Que tenha muito amor, sempre.
Muito sorriso, muita roda de amigos e muito beijo na boca também.
E que respeitemo-nos tudo que nos acontece.
É só.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Feliz Valentim day

Há anos que repito:
Nunca passei um dia dos namorados namorando.
Sempre me soou como um "Ai que bosta, queria tanto ter alguem comigo nesse dia"
Bom, hoje é dia dos namorados.
E aqui tô eu, sozinho.
E profundamente feliz com isso.
Conhecidentemente me perguntaram:
O que você vai fazer no Valentine's day?
Nada de ficar sozinho hein seu Lucas Valentim!!!
Hoje, tive a impressão ainda mais forte de que o dia dos namorados foi feito pra mim.

Acampamento improvisado e uns Leminskis

"Sossegue coração
ainda não é agora
a confusão procegue
sonhos afora
calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa"

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Do dia em que conheci amarelo


Amarelo sempre foi importante em minha vida, mesmo antes de conhecê-lo.

Cresci sentindo uma gostosa simpatia e uma certa intimidade com ele.

Assim como uma paixão azul que me persegue até hoje.

Da infância, lembro que éramos 4 netos em cima de um pé de acácia pingos de ouro.

Do sonho lembro das velas amarelas.

Do dia que conheci amarelo lembro do cacto, da menina bonita com saia, do suvaco dela e da hora em que encontrei seu olhar.

Compartilhar com alguém algo tão abstrato quanto um sentiramarelo, é pra poucos.

A plasticidade da cena, a conversa de canto de ouvido, o mundo de imagens emolduradas

re-significando-se

a cada instânte.

E de novo o olhar.

Me lembrei do Leminski:


"Olhar o mesmo olho

com outros olhos

em outro olhar..."


E de novo um sentiramarelo.

E o sorriso que quase escapa tem cor amarelosutil.

E o rastro dos pésquefalam me conduzindo ao lugar mais próximo que já acessei.

Entre a cena e as artes plásticas.

Entre eu e o ser do palco.

Entre o amarelo e o azul.

E aqui volto a lembrar do Leminski:


"Amor é o elo

entre

o azul e o amarelo."


Que seja um encontro de muito amor.




Esse texto foi escrito após o contado com a obra Amarelo, uma cena de dança encenada e dirigida por Elisabete Finger integrante do Coletivo Couve-Flor, residente em curitiba.

É uma apologia aos encontros e um agradecimento declarado.