terça-feira, 9 de dezembro de 2008

De filmes e afins...

Hoje tive a sensação de que as lembranças não passam.
Ficam impregnadas no cheiro da roupa,
se propagam pelo ar alimentando o espaço
como se possível fosse, sê-lo.
Lembranças não é de passar,
como se passam certas coisas quando lhes sopram
a vida.
É de diluir-se.
Como imagino a neve quando cai
e o som do violino...

Hoje meu gato me olha fixo, e azul.
Ele não sabe que um dia vai morrer,
mesmo que fiquem intactas sua patas na janela.
(se é que se pode falar em intactas)

Por isso piso com cuidado.
Porque sei da responsabilidade de uma pegada.

"Lá vou eu
gesto em movimento"
P.L.

Um comentário:

Olga Lamas disse...

andei manso e devagar, justamente por saber que um passo mais pesado é sinônimo claro de pé-na-lama. mesmo assim me enlameei. normalidade pra quem tem lama no nome.